Logo após a imprensa confirmar no sábado (6/11) que Joe Biden havia sido eleito presidente dos Estados Unidos, a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) cobrou dele uma ação imediata contra os ataques do atual ocupante do cargo, Donald Trump, contra a imprensa.
“Repórteres Sem Fronteiras (RSF) pede ao presidente eleito que aja imediatamente para começar a reverter o grande dano causado ao histórico de liberdade de imprensa dos EUA durante a presidência de Donald Trump”, afirmou a organização.
Segundo a RSF, que é uma das principais organizações do mundo que atua em favor da liberdade de imprensa e de expressão, “durante os últimos quatro anos do presidente Trump, a hostilidade contra a mídia atingiu níveis sem precedentes e a liberdade de imprensa foi constantemente erodida”.
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“A situação tornou-se insuportável e não pode continuar!”, afirma o comunicado da RSF. A organização relata que, durante o mandato de Trump como presidente dos EUA, “jornalistas foram presos, agredidos fisicamente, ofendidos publicamente e perseguidos” e cita levantamento do “US Press Freedom Tracker”, que registrou mais de 880 violações à liberdade de imprensa neste ano, 37 delas envolvendo jornalistas que cobriam as eleições.
“Como os olhos de todo o mundo estão voltados para ele, a RSF insta o presidente eleito Biden a tomar uma posição imediata para proteger a liberdade de imprensa e a segurança dos jornalistas nos Estados Unidos. Medidas concretas devem ser tomadas para preservar a democracia dos Estados Unidos, começando com a assinatura do Pacto pela Liberdade de Imprensa lançado pela RSF. É hora de dar o exemplo para o mundo inteiro”, afirma a organização.